A Arruda e a Vida.

Monica Baliu
2 min readNov 23, 2023

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Tenho um pé de Arruda.

Essa é uma planta sábia, me trouxe muitas reflexões.
E nem estou falando sobre suas propriedades energéticas nem medicinais, estou falando sobre Vida.

Não sou uma pessoa acostumada a cuidar de planta, na realidade, se possível, fujo desse serviço. Mas me encantei por um pé de Arruda que vi há alguns meses na feira.

De lá para cá, a Arruda está sob minha responsabilidade. Fica no meu canto-santuário, junto aos cristais, pêndulos e baralhos, bem abaixo da minha janela.

Na nossa convivência diária ela foi me relembrando, concretamente, aprendizados que vivenciei ao longo da vida e que estavam adormecidos ou naturalizados. Foi muito bom poder revisitá-los.

Eis alguns deles:

1- “Todo dia um pouco, nenhum dia sem um pouco”. A regularidade da rega é que garante a saúde do empreendimento e promove seu desenvolvimento adequado.

2- “A medida certa”. Se molha de mais, fica amarela. De menos, murcha.

3- “Depois do erro, não adianta compensar, deve-se pensar em minimizar os danos e evitar que aconteça novamente”. É necessário paciência amorosa para lidar com as consequências e uma perseverança confiante de que com o tempo e o cuidado adequado, a natureza se recupera e tudo e se restabelece.

4- “Limites assertivos dão força e direção”. A poda, por mais terrível que seja, é necessária. Parece incrível, mas é lindo de ver os brotos surgindo do local onde foram cortados os galhos, ramos se expandem com viço e a planta fica saudável.
Por outro lado, é importante lembrar que o excesso de poda enfraquece e pode chegar a matar.

A cada dia aprendo ou relembro um ensinamento ao observar nossa interação nesse fluxo ininterrupto de trocas na Vida. Proponho que você também adote uma planta, ela lhe dá uma silenciosa oportunidade de perceber pequenas coisas que antes nem eram notadas.

E, para aqueles que já têm uma convivência maior nesse universo, compartilhe comigo suas percepções. O que você aprendeu com a sua planta?

Um pequeno pé de arruda plantada em um vaso marrom sobre uma prateleira repleta de cristais situada abaixo de uma janela aberta.

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